quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012




Anne era uma rapariguinha de uma família judaica que se refugiou na Holanda para escapar às perseguições nazis. Invadido este país, a família esconde-se com outras pessoas num "anexo" de uma casa, onde, protegida por gente corajosa e dedicada, consegue viver largo tempo sempre no terror de ser descoberta. Acabou por sê-lo. E o diário de Anne foi encontrado por acaso num monte de papéis velhos. Anne veio a morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen. Mas o diário que essa rapariguita escreveu é, na sua perspicácia e na sua desenvoltura adolescente, um documento, um autêntico documento humano - e, só pelo facto de existir, um protesto contra as injustiças do mundo em que vivemos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O Urso e as Abelhas

Urso e Abelhas 

U
m Urso procurava por entre as árvores, pequenos frutos silvestres para a sua refeição matinal, quando deu de cara com uma árvore caída, dentro da qual, um enxame de abelhas guardava o seu precioso favo de mel.

O Urso, com bastante cuidado, começou a farejar em volta do tronco, tentando descobrir se as abelhas estavam em casa.

Nesse exato momento, uma das abelhas estava voltando do campo, onde tinha ido recolher néctar das flores, para levar à colméia, e deu de cara com o matreiro e curioso visitante.

Receosa do que pretendia o Urso fazer em seguida, ela voou até ele, deu-lhe uma ferroada e desapareceu no oco da árvore caída.
 O Urso, tomado de dor pela ferroada, ficou furioso e, incontrolável, pulou em cima do tronco com unhas e dentes, disposto a destruir o ninho das abelhas. Mas isso apenas o fez provocar uma reação de toda colmeia.

Assim, ao pobre Urso só restou fugir o mais depressa que pôde em direção a um pequeno lago, onde, depois de nele mergulhar e permanecer imerso, finalmente se pôs à salvo.

Moral da História:É mais sábio suportar uma simples provocação em silêncio, que despertar a fúria incontrolável de um inimigo mais poderoso. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

Esta é a história de Zorbas, uma gato grande, preto e gordo. Um dia, uma gaivota, apanhada por uma maré negra de petróleo, cai na sua varanda. Antes de morrer, deixa ao seu cuidado o ovo que acabara de pôr.

Zorbas, um gato de palavra, prometeu e irá cumprir as duas promessas que lhe fez: irá criar a pequena gaivota, e ensiná-la-á a voar, com a ajuda dos seus amigos Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello...

Nesta fábula, Luís Sepúlveda oferece-nos uma mensagem de esperança de grande valor literário e poético.

O sorriso - Eugénio de Andrade



Creio que foi o sorriso, 

sorriso foi quem abriu a porta. 
Era um sorriso com muita luz 
lá dentro, apetecia 
entrar nele, tirar a roupa, ficar 
nu dentro daquele sorriso. 
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


Etc.- publicação da escola secundária tomás cabreira

É já tão raro ler uma publicação escolar que nos surpreenda pela qualidade colocada na escolha dos temas e pela abordagem feita a estes, que considero estarmos perante uma agradável surpresa.
Com um grafismo muito apelativo e cativante, o leitor é seduzido a descobrir a revista, desejo renovado a cada página pelas ilustrações que prendem, facilmente descodificadas por  legendas curtas e simples e informativas.
Tratando-se de uma publicação dedicada às artes plásticas e ao design, com os alunos e professores como público-alvo, destaco o cuidado pela utilização de uma linguagem muito acessível e a escolha de temáticas bem atuais, aliciantes para alunos e professores, tratadas de um modo claro, informativo e esclarecedor.
Destaco, por fim, o tom irreverente e bem humorado, patente na redação dos textos, na escolha e desenho das ilustrações, emprestando um ar jovial e descontraído a uma revista nada kitsch nem ligeira.
A continuar, será sem dúvida uma revista de culto!
Etc. não é só o seu nome, é, tal como quer dizer a abreviatura latina “e o resto”, “e outras coisas mais”, que ficam por dizer desta publicação a coleccionar.
João Paulo Matos

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


Marcelo   vivia   fazendo  perguntas   a todo mundo:
- Papai, por que é que a chuva cai?
- Mamãe, por que é que  o mar  não derrama?
- Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas?
As  pessoas  grandes  às  vezes respondiam.
Às vezes, não sabiam como responder.
- Ah, Marcelo, sei lá...


Título: Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias
Autora: Ruth Rocha
Ano de lançamento: 1976
Número de páginas: 60
Editora: Salamandra

Este é na verdade um dos livros que remete para a minha infância e permanece na minha estante de casa e no baú das boas recordações.

Ele reúne três histórias: a primeira é sobre Marcelo, um rapazinho que começa a questionar o porquê das coisas terem os nomes que têm - e passa a chamá-las como acha mais lógico. Penso que a "moral da história" é sobre a importância de questionar as coisas e ser compreendido.

A segunda história é sobre Terezinha e Gabriela, duas meninas bem diferentes e como elas se tornam amigas (agora que sou mais velha, reparei também que essa historinha tem um pouco dos padrões que a sociedade espera que as raparigas sigam - sempre arrumadinhas, quietinhas - representada na figura de Terezinha). Nesse caso, a "lição" passada para as crianças é a de que pessoas diferentes também podem ser amigas.

Na terceira e última história, somos apresentados a Carlos Alberto, o Caloca, que é o único menino da rua que tem uma bola de futebol de verdade, mas que não gosta de dividi-la com os outros. Subtilmente temos aí uma parábola sobre o poder, e no final, os pequenos leitores aprendem que saber doar e dividir é importante.

É uma leitura muito leve e rápida, com um clima de nostalgia.